Pois é, pois é, pois é. Talvez a gente não tenha se incomodado tanto com a Bettina só porque ela é o suco de um elitismo que a gente tanto despreza, mas porque infelizmente estamos dentro dessa armadilha do networking sem perspectiva de sair dela e não sentimos orgulho disso - de certa maneira, estamos até nos adaptando a isso. Que agonia :(
Exato. Pra sair dessa armadilha do networking ou da Bettina, só no funcionalismo público. E olhe lá... Concurso de professor, por exemplo, tem bastante desse networking que eu não estou disposta a praticar :cP
No caso do funcionário público professor universitário, para além do concurso, há todo um "networking interno" que viabilizar ou não a realização de trabalhos de pesquisa e extensão, projetos que demandam captação de recursos.
Quando peguei covid, escolhi a médica com quem me consultei pelo insta, pq sabia q ela não ia passar cloroquina nem zinco nem antibiótico. Não acho mesmo tão ruim o critério Bettina.
Adorei o tema que você trouxe! Honestamente, a "instagramização" das profissões é algo que me cansa um pouco, mas admiro demais quem consegue fazer. Como uma pessoa introvertida e insegura, assumir uma persona profissional no Instagram (e até no Linkedin que é uma rede social voltada para isso) é um enorme desafio. Entretanto, confesso que vendo do outro lado, como consumidora, também costumo considerar um pouco a presença online de alguém antes de adquirir um produto/serviço. Enfim, a hipocrisia HAHAHAHHA
q texto bom, Juliana! sabe q é até bom constatar que, como leigos, realmente talvez não exista um método confiável pra escolher um bom profissional de saúde hj em dia. alivia um pouco o peso dessa escolha. ah, você poderia partilhar a sua experiência com a depressão em um dos próx textos (se se sentir ok com isso, claro)
Gostei da reflexão e fiquei aqui pensando na dificuldade de conseguir um bom médico em Berlim que te atenda, funcionando totalmente ao contrário do Brasil. 😰
Me fez refletir sobre essa sinuca de bico que é buscar referências confiáveis sobre os profissionais que vão nos prestar serviços.
Tive experiências de pessoas próximas, recentemente, que ilustram bem a confusão entre currículo bom e má prática: um neurologista com doutorado e professor da federal e de uma estadual do meu Estado que se revelou um esculápio medíocre.
Porém há algo de minha natureza que simplesmente não tolera o uso do instagram com essa finalidade...aquela rede social até funciona bem para restaurantes, por exemplo, mas para profissionais liberais? Se aquilo é uma ferramenta descarada de venda, autopromoção e exibicionismo, como usá-lo para tomar uma boa decisão?
Creio nas avaliações de usuários como um dos melhores critérios, como as que já existem no Google, inclusive para algumas clínicas.
PS: descobri você em 2019, buscando textos para compreender melhor Aquarius (ou foi Bacurau? Não me lembro agora). Foi no google mesmo, que me levou ao blog, aos demais textos e, por fim, às redes antissociais. Sou grato por aquele texto de Aquarius e pelos demais que se seguiram.
Oi, Juliana, tudo bem? Perdão pela demora em ler o texto, mas ele é muito bom. Eu sempre fui ruim no chamado "networking" porque a consciência pesada sobre ter que se meter em certos lugares pra se promover sempre bateu antes de qualquer coisa. E agora, com o método Bettina, com a vida de festas e eventos sendo substituída por sucessivas reuniões via Zoom e os vídeos do instagram e Tik Tok imperando, me parece que ter que adentrar nesse universo como criador de alguma coisa é um filme de terror. É aquilo que você mencionou no texto, Juliana: antes havia toda uma cadeia de situações e eventos infinitas para conseguir um networking; hoje, até o networking está uniformizado na interface de uma ou duas redes, e assim tudo mais escancarado, mais "eu escolho dermatologista pelo perfil no Instagram e é isso mesmo e segue o jogo". Muito medo do que virá a partir desta internet do algoritmo.
Tenho pensado muito nisso ultimamente. Desde que saí do universo CLT, há 4 anos, a totalidade dos meus clientes (sou redatora publicitária) é de ex-colegas/gestores ou pessoas às quais eles me indicaram. Quase me desespero pensando que, amanhã ou depois, se essa fonte secar, terei que me jogar na seara instagrâmica, para a qual não tenho a menor paciência (ou talento). Na verdade já deveria estar fazendo isso há anos, hehe
hehe. Sensação de viver numa rolet russa. Amei reencontrar o Já matei por menos aqui no Substack :)
Bela reflexão!
Obrigada <3
Pois é, pois é, pois é. Talvez a gente não tenha se incomodado tanto com a Bettina só porque ela é o suco de um elitismo que a gente tanto despreza, mas porque infelizmente estamos dentro dessa armadilha do networking sem perspectiva de sair dela e não sentimos orgulho disso - de certa maneira, estamos até nos adaptando a isso. Que agonia :(
Obrigada mais uma vez por escrever.
Exato. Pra sair dessa armadilha do networking ou da Bettina, só no funcionalismo público. E olhe lá... Concurso de professor, por exemplo, tem bastante desse networking que eu não estou disposta a praticar :cP
Sim!!! :/
No caso do funcionário público professor universitário, para além do concurso, há todo um "networking interno" que viabilizar ou não a realização de trabalhos de pesquisa e extensão, projetos que demandam captação de recursos.
Quando peguei covid, escolhi a médica com quem me consultei pelo insta, pq sabia q ela não ia passar cloroquina nem zinco nem antibiótico. Não acho mesmo tão ruim o critério Bettina.
Pois é, eu também peguei o hábito de procurar médicos na internet justamente para ver se não falavam as besteiras mais clássicas e identificáveis.
Adorei a publi no final do texto que trata justamente de conseguir trabalhos por textos na internet. 10/10
Putz, tinha que ter colocado o anúncio de #publi🤪
Adorei o tema que você trouxe! Honestamente, a "instagramização" das profissões é algo que me cansa um pouco, mas admiro demais quem consegue fazer. Como uma pessoa introvertida e insegura, assumir uma persona profissional no Instagram (e até no Linkedin que é uma rede social voltada para isso) é um enorme desafio. Entretanto, confesso que vendo do outro lado, como consumidora, também costumo considerar um pouco a presença online de alguém antes de adquirir um produto/serviço. Enfim, a hipocrisia HAHAHAHHA
Achei o texto maravilhoso!
Lendo sua experiência na academia lembrei da minha própria frequentando café e outros eventos e fazendo network acidental.
q texto bom, Juliana! sabe q é até bom constatar que, como leigos, realmente talvez não exista um método confiável pra escolher um bom profissional de saúde hj em dia. alivia um pouco o peso dessa escolha. ah, você poderia partilhar a sua experiência com a depressão em um dos próx textos (se se sentir ok com isso, claro)
Gostei da reflexão e fiquei aqui pensando na dificuldade de conseguir um bom médico em Berlim que te atenda, funcionando totalmente ao contrário do Brasil. 😰
Texto maravilhoso.
Me fez refletir sobre essa sinuca de bico que é buscar referências confiáveis sobre os profissionais que vão nos prestar serviços.
Tive experiências de pessoas próximas, recentemente, que ilustram bem a confusão entre currículo bom e má prática: um neurologista com doutorado e professor da federal e de uma estadual do meu Estado que se revelou um esculápio medíocre.
Porém há algo de minha natureza que simplesmente não tolera o uso do instagram com essa finalidade...aquela rede social até funciona bem para restaurantes, por exemplo, mas para profissionais liberais? Se aquilo é uma ferramenta descarada de venda, autopromoção e exibicionismo, como usá-lo para tomar uma boa decisão?
Creio nas avaliações de usuários como um dos melhores critérios, como as que já existem no Google, inclusive para algumas clínicas.
PS: descobri você em 2019, buscando textos para compreender melhor Aquarius (ou foi Bacurau? Não me lembro agora). Foi no google mesmo, que me levou ao blog, aos demais textos e, por fim, às redes antissociais. Sou grato por aquele texto de Aquarius e pelos demais que se seguiram.
Achei seu texto brilhante! Tema muito interessante!!
Oi, Juliana, tudo bem? Perdão pela demora em ler o texto, mas ele é muito bom. Eu sempre fui ruim no chamado "networking" porque a consciência pesada sobre ter que se meter em certos lugares pra se promover sempre bateu antes de qualquer coisa. E agora, com o método Bettina, com a vida de festas e eventos sendo substituída por sucessivas reuniões via Zoom e os vídeos do instagram e Tik Tok imperando, me parece que ter que adentrar nesse universo como criador de alguma coisa é um filme de terror. É aquilo que você mencionou no texto, Juliana: antes havia toda uma cadeia de situações e eventos infinitas para conseguir um networking; hoje, até o networking está uniformizado na interface de uma ou duas redes, e assim tudo mais escancarado, mais "eu escolho dermatologista pelo perfil no Instagram e é isso mesmo e segue o jogo". Muito medo do que virá a partir desta internet do algoritmo.
Abração!
Tenho pensado muito nisso ultimamente. Desde que saí do universo CLT, há 4 anos, a totalidade dos meus clientes (sou redatora publicitária) é de ex-colegas/gestores ou pessoas às quais eles me indicaram. Quase me desespero pensando que, amanhã ou depois, se essa fonte secar, terei que me jogar na seara instagrâmica, para a qual não tenho a menor paciência (ou talento). Na verdade já deveria estar fazendo isso há anos, hehe
hehe. Sensação de viver numa rolet russa. Amei reencontrar o Já matei por menos aqui no Substack :)
Com base nessa afirmação da seção "about": "Claramente tenho uma necessidade de palco acima da média, daí essa coisa de escrever e dar aula."
É simples concluir que a autora desperdiçou uma promissora carreira de ATRIZ ! (ou será que não?...🤔)